Foto: Deni Zolin (Diário)
Com as chuvas acima da média no mês de janeiro, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (Emater-RS) tem feito avaliações periódicas dos prejuízos na safra de soja gaúcha. Em Santa Maria, o engenheiro agrônomo e chefe do escritório da Emater de Santa Maria, Guilherme dos Santos, avalia que houve prejuízos na safra.
Segundo o engenheiro, os estragos se devem aos alagamentos e à perda de luminosidade, causados pelo período de alto volume de chuva. Na soja, Santos afirma que as perdas somaram cerca de R$ 6 milhões. Porém, apesar de ser um número expressivo, pode ser facilmente compensado.
- Parece muito, mas ao mesmo tempo que há o prejuízo com uma parte da safra, há outras áreas que não tiveram chuvas e estão excelentes - explica.
Milho em colheita tem boa produtividade no Rio Grande do Sul
Em áreas de cultivo de soja em lavouras de várzea, os volumes acumulados de chuva mantiveram o solo encharcado por muitos dias. Assim, a produção e a produtividade da safra ficaram comprometidas. Os alagamentos e enchentes dos campos trouxeram prejuízo maior nas lavouras que estavam na fase reprodutiva. O plantio tardio também foi um agravante nos problemas da safra, de acordo com Santos.
- Em algumas áreas de plantio, as lavouras germinaram mal, porque somaram-se as chuvas fortes e o plantio tardio - diz ele.
Acerca de números gerais dos prejuízos da soja do Estado, o assistente técnico estadual em culturas da Emater, Alencar Rugeri, afirma que ainda é cedo para fazer uma avaliação.
- Nós temos, nesse ano, andado "meio de lado" nessa safra. Parece que melhora, depois não melhora - afirma.
Sobre a expectativa para o restante do ano, Rugeri diz que os especialistas e produtores irão analisar na 20ª edição da Expodireto, entre os dias 11 e 15 de março, em Não-Me-Toque.
ÁREAS PREJUDICADAS PELA CHUVA EM SANTA MARIA
- Soja - 1.976 hectares
- Arroz -1.450 hectares